A FNE esteve hoje presente na Conferência de Imprensa em que os sindicatos dos professores reafirmaram a necessidade de ser alcançado um “acordo global” com o Ministério da Educação sobre as reivindicações dos docentes e prometeram anunciar novas formas de luta na manifestação de 11 de fevereiro.

Numa conferência de imprensa realizada no Liceu Camões, em Lisboa, as nove organizações sindicais presentes (ASPL, Fenprof, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) deixaram bem explícito que “a luta vai continuar”, catalogando como “estranha” a reunião de quinta-feira no Ministério da Educação.

Para os nove sindicatos, a existir um acordo, terá de ser global, ficando o alerta de que a tutela não pode obrigar as organizações sindicais a assinar entendimentos sem um acordo global sobre as questões ficando ainda críticas para a possibilidade de se assinarem 10 acordos parcelares no que seria considerado algo como ‘subacordos’ para no final os sidicatos acederem a um documento global que teria aspetos de que discordamos com os quais discordam.

Os nove sindicatos vão manter as greves distritais, contestar os serviços mínimos e avançar para o Ministério Público com queixas das direções das escolas onde seja limitado o direito dos docentes à greve por causa da imposição de serviços mínimos. A este nível foi lembrado nesta conferência que os serviços mínimos foram apenas declarados para a greve por tempo indeterminado convocada pelo sindicato Stop (Sindicato de Todos os Profissionais da Educação).

Apesar de os sindicatos salientarem a existência de alguns avanços na questão dos concursos e do regime de vinculação, ficou assumido que aquilo que importa é haver propostas e medidas para resolver estes problemas, com a plataforma sindical a vincar um desacordo profundo que se mantém relativamente aos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) por causa dos conselhos locais de diretores, desenhando aqui uma ‘linha vermelha’ nas negociações e afirmando ser inaceitável a transformação dos QZP em autênticos hiperagrupamentos. 

A plataforma sindical defendeu ainda neste encontro com os jornalistas que sobre o tempo de serviço e as progressões não existe qualquer acordo nenhum e é por isso um motivo para a luta continuar, mas abriu a porta a um acordo em que essa questão seja reconhecida e que remeta para uma calendarização pois “como se sabe, são muitos anos que estão por contar. Vamos discutir como pode ser feito, durante quanto tempo e de que forma”.

Sobre a manifestação convocada para 11 de fevereiro, os nove sindicatos garantem existir já grande mobilização e entusiasmo nas escolas para este protesto e evidenciaram desde já a apresentação de futuras ações de protesto no fim da manifestação que conta já com muitos autocarros reservados por todo o país e que é uma “homenagem a todos os professores e todas as escolas” que participaram na greve distrital de 18 dias revelando que o desfile será ordenado pelos distritos (respeitando a ordem das greves distritais) e por escola, juntando todos os professores, independentemente da sua filiação sindical com os grupos de professores a terem a possbilidade de levar as faixas que pretenderem com mensagens de luta.

Recorde-se que a FNE tem agendada então a participação na Manifestação de Professores marcada para dia 11 de fevereiro, em Lisboa além da convergência com greves já marcadas por outras organizações sindicais da educação até 8 de fevereiro.

Fonte: FNE/LUSA

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